Audiências

08-12-2021

Metade do investimento publicitário, que permite aos órgãos de comunicação social manter as portas abertas, vai parar às televisões. E a tendência é para aumentar a parte das televisões no bolo total da receita do mercado da informação, hoje da informação e entretenimento, devido ao peso, cá está, da... TV.

É porque os anunciantes sabem onde está o público e o que é que ele quer. Um público, que segundo o último inquérito da Google noticiado nos jornais, procura sobretudo por informação desportiva, nomeadamente do futebol. E cá está a programação da TV. Alguns canais marimbam-se mesmo nos momentos mais emocionantes da paródia política para passarem comentários e imagens de temas futebolísticos.

No meio do futebol e de algum péssimo entretenimento há telejornais. Desde que que o célebre programa da CBS, 60 Minutos, demonstrou que a informação em televisão podia ser lucrativa, aquela passou a rivalizar com a restante grelha televisiva na captação de receita. Tanto faz. Entretenimento ou informação. Em todo o caso, uma informação que, apesar do peso das redes sociais no que cada um do mundo onde vive, conta decisivamente nas percepções colectivas.

Portugal especializou-se no futebol. É uma nebulosa o contributo deste para a economia. Já para a cultura é determinante, pois a esmagadora maioria dos votantes vê bola na televisão às carradas e procura no Google coisas sobre futebol.

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